“A girl has been raped by 33 guys this week in Rio de Janeiro. Another rape case happened when the artist Ana Mendieta was a student. Ana shared the same university with the victim and no one cared much about the crime. Back then, Ana performed Crime Scene in her apartment. It consisted in her half naked body bended over a table showing her sex and legs covered in blood. She invited some people to her house. They would find an open door and a victim. An invitation to a crime scene where people would discuss about it and leave with a strong impression about this serious, neglected and sadly common type of crime. Last night I´ve started to revisit Ana's performance, because of my research about her life and work. It was intense and even though I could not see people's faces and reactions (I had a mirror covering my face) I could listen and feel the strong energy that my image would bring. When I felt some heavy energy like horror, profound sadness, shock or anger, I would try to transform it into good energy and send it to the girl. We try to understand what it feels like, but we can´t. All that we can do is bring awareness and send her good thoughts. We are also asking for justice by keeping an eye on the case and making a lot of pressure. The media didn't want to talk about it. It only did because there were so many of us talking about it on the internet. Yet it did in a chauvinistic way. It's a long way...but we keep on walking. May the light blind the eyes that made me the image of horror. I'm not the image BUT IT IS and by seeing it I make you blind."
Rio, 28 May 2016.



Com Ana was perfomed at the Superior School of Design of the state of Rio de Janeiro's occupation. Some papers containing inflated poems were scattered on the floor. The lights would be turned on and off for about 6 times during the performance. It lasted aprox. 50 min.


FOR ANA - November 2016
Amorphous Beta Version [re+act(ion)] AV Festival – Farinha Gallery
Silos Contentor Criativo Space - Caldas da Rainha, Portugal

What went through Ana Mendieta? What was it? What is it?

For Ana is part of a series of performances that seek to dialogue with the timelessness of violence, which is part of the act of being a woman and a constant theme present in many works of the artist Ana Mendieta. In For Ana, the performance Body Tracks is revisited and rethought from the perspective of her mysterious death, a possible murder committed by her partner. Instead of blood, clay, the symbolic mark of the oppressor. Before the mark, a statement: “I didn´t come from your rib. You came from my womb.”


Convidados pelo LARGO DAS ARTES para o "Laboratório da Destruição", eu e Pedro Diaz apresentamos a Tecnoferenda, performance que honrava e invocava os nossos obsoletos antepassados tecnológicos. Uma encruzilhada feita de material reciclado. Instrumentos musicais distribuídos aos que assistiam. E uma tv preparada com azul de metileno, violeta genciana entre outros pigmentos para ser o objeto sacrificado.

"A partir de outros trabalhos relacionados com metareciclagem, ruidocracia e sincretismos vimos no laboratório da destruição uma oportunidade de desdobramento dessa linha de instalação e performance." Pedro Diaz.

Largo de São Francisco, AGO.2014.
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Durante uma tarde, estudamos e compartilhamos técnicas de metamorfose e reconfiguração. Reações, dissoluções, eletrólise - que novos caminhos, novos modos de existir e de sentir podemos encontrar na destruição?

Somos o que destruímos. A erosão permeia os pensamentos e apara arestas indesejadas. Imagens cáusticas corroem a obstrução visual, abrem caminhos para fluxos maleáveis. A sublimação nos leva do concreto ao vaporoso, solventes reconfiguram sólidos em fluidos de finas camadas plásticas. Removedores, no entanto, podem ter efeitos nocivos; as manchas são sempre os elementos mais vivos do tecido social. A remoção aplaina os territórios, mas os resíduos resistem.

A destruição que propomos dialoga com o avesso do niilismo. Ela não se confunde com o messianismo da destruição porque diz respeito a uma metamorfose constituída a partir do devir-outro, da transformação radical e sem volta que se dá em nós mesmos. É seguindo os fluxos das operações de intensidade que propomos nosso Lab. da destruição: mais dança e menos piedade!

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Esta ação fez parte da mostra "to see what is coming", em cartaz no Largo das Artes em agosto e setembro de 2014. Com curadoria de Bernardo José de Souza e Michelle Sommer, "to see what is coming" foi concebida como resultado do workshop "Práticas Curatoriais Contemporâneas: pensamentos, processos e materializações", ministrado pelos dois curadores, entre abril e julho deste ano, no Largo das Artes. A mostra parte da investigação das noções de pós-humanismo, plastic destruction e segunda natureza, flertando com a ficção científica para explorar através da arte nossa relação com o futuro, seja acionando o passado ou mesmo debatendo o presente.